Alberto José Claro de Moreira nasceu no Porto e viveu em Rio Tinto desde 1981. Fângio foi um pseudónimo atribuído por um professor da Escola “Artes Decorativas Soares dos Reis”, por contraste com o corredor argentino de automóveis, por ser, habitualmente, o último a entrar na sala de aula.

Era um artista versátil e polifacetado, sobressaindo, na sua obra, a diversidade de técnicas e materiais. Pintava, desenhava, decorava, restaurava obras de arte, embelezando tudo em que tocava. A sua obra estende-se da arte sacra ao desenho humorístico; da pintura de frescos à escultura; da pintura decorativa em mobiliário de estilo ao retrato. O que mais o caracterizava era a pintura em relevo sobre tela (adaptação técnica da pintura oriental) e os seus grafismos a nanquim.

Expôs do Minho ao Algarve, passando por França e Barcelona.

Casado com a investigadora Fina d’Armada, tem desenhos em mais de vinte livros e deixou 803 ilustrações, espalhadas por 26 periódicos, sem contar as publicadas após a sua partida (5.11.1998). Em 2000, a Câmara Municipal de Gondomar atribuiu o seu nome a uma rua da cidade de Rio Tinto.