RTWebsiteHeader.png

Anabela Gouveia enfrentou a doença e acredita que a prática de exercício físico foi essencial para a superação da mesma.

 

Anabela Gouveia, 53 anos

 

"Em 2009 descobri um nódulo na minha mama direita, quando fui a uma consulta de senologia encaminharam-me para fazer uma biopsia. Lá, perguntei ao médico se devia ficar apreensiva - “não, deve ser benigno” – disse-me ele, de imediato. Logo no mesmo dia fiquei com a ideia que era cancro. Esperei os 15 dias para o resultado, mas já com a convicção de qual seria o desfecho, chorei e disse: – “tenho que sair desta situação com resultado positivo”. Passados 15 dias os resultados caíram, era cancro da mama. Isto foi em maio, em junho, dia 26 de 2009 fui operada com ablação da mama toda. Mais tarde, numa pequena consulta de grupo, ficou decidido qual seria o tratamento a adotar, 6 ciclos de quimioterapia e herceptin uma vez que o meu cancro era recetivo ao hr2 positivo. Começada a quimioterapia a 2 de agosto, a queda de cabelo, contra a qual tinha lutado, apareceu em fevereiro. Foi aí que tomei a decisão de rapar a cabeça toda, ainda antes da próxima sessão de quimioterapia. A partir desse momento, era quimioterapia às terças-feiras e ginásio às quintas-feiras, o exercício físico ajudou-me muito a lidar com o resultado e a ter força para continuar. Ao fim de 6 ciclos de quimioterapia, 18 meses de herceptin e alguns exames complementares, aparentemente, estava livre da doença. Em fevereiro do ano seguinte tirei a prótese capilar, tinha o cabelo pequenino, mas pouco importava, o principal era que estava bem. Hoje, passados 13 anos, estou cá para contar a minha história, faco exercício físico e só tomo um medicamento para a tensão.

Através da minha experiência, se há um conselho que vos posso dar é – “Não tenham medo de diagnósticos”. Força a todos que estejam em luta e obrigada por me permitirem partilhar o meu testemunho."

 ester

0
0
0
s2smodern