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Comunicado sobre alteração das paragens de término dos autocarros no Bolhão

COMUNICADO

A Junta de Freguesia de Rio Tinto foi surpreendida nos últimos dias com a informação de que a Câmara Municipal do Porto tinha informado os operadores de transportes públicos de passageiros que entram na cidade do Porto pelo canal de S. Roque da Lameira que, a partir do próximo dia 5 de fevereiro, deixarão de se dirigir para o centro da cidade e serão deslocados para o Estádio do Dragão, necessitando, assim, os utentes de fazer transbordo para a linha do metro em direcção ao centro da cidade do Porto.

Esta alteração, que segundo informações da Comunicação Social, irá abranger as linhas 401, 700, 800, 801 (STCP), 27, 33, 34, 55, 69, 70 (Gondomarense), 1, V94 (Valpi) e Covilhô-Porto (Pacence), irá prejudicar vários milhares de utilizadores diários, quer com o aumento do tempo de viagem quer com os custos com o transbordo para a linha do Metro. Saliente-se ainda que estamos a referir-nos a quase 500 veículos em cada sentido por dia, situação que, a concretizar-se, irá criar uma enorme afluxo de tráfego na zona do Dragão, agravando ainda mais a demora no tempo da viagem, situação que será impossível de gerir nos dias de jogos no Dragão ao final da tarde em dias da semana. Agrava-se ainda que a estação do metro no Dragão é aquela com a maior distância entre a linha do metro e o nível da rua, originando a um percurso demorado que obrigará os cidadãos, mais novos e mais idosos a descer 3 pisos numa estação do metro para conseguirem chegar a linha ou a fazer o inverso.

Hoje, após informação transmitida pela C. M. Porto e vinculada pela Comunicação Social e, no seguimento dos protestos das Freguesias e Municípios afectados, houve já uma alteração no projeto e apenas serão deslocados os operadores privados, exceptuando-se os veículos dos STCP, situação que no caso de Rio Tinto mantém a situação anteriormente descrita relativamente às linhas 55, 69 e 70.

Salienta-se o facto de Rio Tinto ser a maior Freguesia da área metropolitana do Porto, transportando diariamente milhares de cidadãos para o centro da cidade, cidadãos esses que são também parte integrante e fundamental do desenvolvimento da Cidade do Porto.

Neste sentido, mantemos a nossa total discordância pela medida encontrada e que se anuncia vir a ser implementada, solicitando à C. M. Porto que reavalie o projeto e que encontre formas de conseguir que os autocarros se aproximem mais do centro da Cidade de modo a evitar transtornos muito significativos na vida das pessoas.

Entendemos que a necessidade da realização das obras se deve sobrepor à necessidade de criar alguns transtornos, mas estes devem ser sempre idealizados de modo a serem os menores possíveis para os cidadãos. As políticas de mobilidade devem ser hoje em dia uma preocupação de todos os Autarcas e, medidas que aumentem o tempo das viagens, os custos e os transtornos são medidas que apenas têm como resultado o aumento da utilização de veículos próprios.

Reconhecemos que a C. M. Porto pode e dever tomar as suas decisões, aquelas que consideram melhor para a boa gestão do concelho, mas apelamos a que haja uma visão mais ampla do problema e principalmente da mobilidade diária nesta grande área que é o Porto, não o Porto concelho mas o Porto metrópole.

Apelamos ainda à C. M. Gondomar que mantenha os contactos e as solicitações já efectuadas, para que este assunto tenha a melhor resolução possível, aquela que vá ao encontro das necessidades dos milhares de cidadãos de Gondomar que serão afectados por estas alterações.

Rio Tinto, 16 janeiro 2019

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