ABETO-FALSO

Árvore de grande altura que pode alcançar 50 a 60 m de altura, direito, de porte cónico ou subcilíndrico nos exemplares mais velhos.

Ramos dispostos em verticilos, regulares, ascendentes, horizontais ou um pouco pendentes. As raízes são pouco profundas, pelo que as árvores quando isoladas e sujeitas a fortes ventos podem cair. Tronco grosso e colunar, de até 2 m de diâmetro, com casca cinzenta e algo avermelhada, escamosa e com placas caducas; nos exemplares mais velhos é algo gretada. Folhas aciculares, de 10-15 mm de comprimento, dispostas em espiral em torno dos caules, de secção subquadrangular, arqueadas no ápice, verde-escuras, algo rígidas e pungentes, disposta em forma radial e na base. Quando caem, deixam um pico saliente que torna os caules ásperos ao tato. Cones masculinos ovóides, de 2-2,5 cm, avermelhados, axilares ou terminais. Cones femininos erguidos e cilíndricos. Pinhas pendentes, cilíndricas, de 10 a 18 por 3-4 cm, com numerosas escamas seminíferas delgadas, de margem arredondada ou terminando em ponta delgada e de contorno trapezoidal, que ocultam por completo as outras escamas. Sementes quase triangulares, castanho-avermelhadas, prolongadas numa asa membranosa mais larga que as sementes. As pinhas quando se abrem para deixar cair as sementes, desintegram-se.

Muito apreciada como ornamental; conhecem-se cerca de 60 variedades de cultivo. A madeira é de excelente qualidade, uma das mais utilizadas depois do pinho, de cor muito clara, fácil de trabalhar e com bons acabamentos. Uma das suas principais aplicações é para obter pasta de papel, muito adequada para fabricar caixas-de-ressonância de instrumentos musicais de corda; com ela se construíram os famosos violinos Stradivarius. É também utilizada na carpintaria e para construção de aviões.

ABETOS-FALSO EM RIO TINTO

(Picea abies)