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CEDRO-DO-ATLAS

Na sua origem geográfica, encontra-se em média e em alta montanha, entre os 1000 e os 2800 metros de altitude. Vegeta em Portugal acima dos 800 m para exposições Sul e Oeste. Em França foi geralmente introduzida no andar de dominância do Quercus pubescens Willd., regenerando com particular abundância nos solos de formação recente. É adaptada às condições de luminosidade e secura do Verão. É considerada por diversos autores uma espécie heliófila muito embora nem sempre haja consenso de opiniões. É também uma espécie xerófila. Vegeta numa amplitude térmica dos -25 aos 45°C. Resiste bem às secas (se estas não forem muito prolongadas), aos frios invernais e à neve, mas é sensível às geadas tardias primaveris. Possui uma fisiologia adaptada aos climas irregulares (anos secos alternando com anos húmidos). A precipitação média anual pode variar de 800 a 1000 mm. Adapta-se em geral a climas mediterrânicos húmidos, sub-húmidos e semi-áridos. Tem preferência por solos que se desenvolvem sobre rocha fissurada, aonde o forte enraizamento, pivotante e profundo, próprio da espécie, assegura um bom crescimento, mesmo em terrenos superficiais. Em climas que apresentem um regime pluviométrico regular, as qualidades físicas do solo são consideradas menos determinantes. Vegeta bem em diversos tipos de solo, incluindo os calcários, desde que sejam suficientemente soltos. Tolera valores de pH entre 4 e 8. Frutifica abundantemente a partir dos 30 anos, com intervalos de 3-5 anos. A copa é pronunciadamente cónica na idade juvenil, com ramos ascendentes, bastante retos. Na idade adulta, a copa tende a alargar, ficando arredondada no topo e apresentando grandes ramos ascendentes e horizontais, raramente prostrados. O fuste é frequentemente desprovido de ramos em vários metros, bifurca em alguns casos e pode atingir 40-50 m de altura e 1,5 m de diâmetro. O crescimento desta essência pode variar consideravelmente com as condições edafoclimáticas da estação. A longevidade é de vários séculos, podendo atingir 700 e mais anos. Praticam-se revoluções de 80 a 100 anos para um diâmetro médio superior a 50 cm e 300 a 500 árvores/ha. Em regeneração natural, as densidades iniciais tendem a ser elevadas pelo que se deve executar uma limpeza aos 20 anos por forma a garantir espaço vital para as plantas se desenvolverem.

A madeira é de tom castanho amarelado ou rosado. É aromática, sem canais resiníferos e seca rapidamente sem se deformar. O comportamento mecânico é considerado de qualidade mediana. No que concerne às propriedades tecnológicas, os nós são os defeitos mais importantes. Pela sua finura e homogeneidade é fácil de trabalhar sendo também muito durável. Esta essência produz lenho de boa qualidade, o qual pode ser utilizado para carpintaria fina, mobiliário, exteriores, folheado e pasta de papel (misturada com madeira de outras resinosas). É uma árvore que apresenta um grande valor estético, ao que contribui um porte notável, muito apreciado. Tem ainda interesse na proteção contra incêndios e recuperação de ecossistemas recentemente queimados. É uma resinosa pouco sensível ao fogo e os seus povoamentos densos originam um coberto sombrio, o qual proporciona uma rápida cobertura do solo, impedindo o crescimento de matos heliófilos, facilmente inflamáveis. Por outro lado, as zonas ardidas são colonizadas com eficiência.

 
IDENTIFICAÇÃO: Junta de Freguesia de Rio Tinto
FONTES: https://jb.utad.pt/especie/Cedrus_atlantica   ;   http://sig.serralves.pt/pt/flora/avistamento.php?id=1521

 

CEDROS-DO-ATLAS EM RIO TINTO

(cedrus atlantica)

 Nº da árvore  Localização Latitude Longitude  Data da plantação
 00134  Largo do Mosteiro 41.177702 -8.558541 Desconhecida

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